domingo, 29 de abril de 2012

NÃO ESQUECER...

A memória do 25 de Abril vai sendo sistematicamente apagada, quer de forma organizada, pelos governos do bloco central que defendem os interesses do capital, quer involuntariamente, pela generalidade da população, por falta de memória, falta de educação, e muita desinformação. ... 
Uma das conquistas de Abril, que se tornou estrutural da política dos governos, e da própria economia do país, era o "cabaz de compras". 
Considerava-se que todas as famílias tinham direito ao Trabalho e ao Pão, e que, portanto, o ordenado mínimo tinha que ser suficiente para garantir a subsistência das famílias. 
Portanto, o rendimento das famílias não podia ser inferior ao custo do cabaz, e o custo do cabaz não podia exceder a capacidade das famílias mais pobres. 
A própria produção nacional, tinha que controlar os preços, para atingir esse objectivo primordial, humano, social, cristão, etc. 
E as políticas dos governos garantiam a sustentabilidade do "cabaz de compras". ... 
De lá para cá, os governos do bloco central foram encarregados de destruir esses princípios básicos e humanos, que qualquer sociedade, que se diga democrática e solidária, procura atingir. ... 
E foi logo com o primeiro governo do Sr. Mário Soares, que destruiu a EPAC (Empresa Publica de Abastecimento de Cereais), para que o pão passasse a ser importado. 
Depois foi o abate da Reforma Agrária e da agricultura nacional, a tiro de G3, pela Guarda Nacional Republicana. 
Depois foram as grandes superfícies do Belmiro de Azevedo e do Jerónimo Martins, a vender produtos importados, e a arruinar os produtores nacionais. Depois foram as políticas europeias a financiar o abate da produção, gostosamente implementadas pelo Capoulas Santos, e o abate da frota pesqueira, pelo Cavaco Silva. 
Até o próprio "cabaz de compras" foi substituído pelo "cabaz de natal", com champanhe, peru e frutas secas! Hoje, até nos roubam os duodécimos que descontámos no ordenado, e que antes recebíamos como subsídio no Natal. 
Hoje, o Trabalho e do Pão já não são um direito básico garantido pelo governo a todos os portugueses. 
Hoje, os governos esperam que os trabalhadores que ainda trabalham, sejam solidários e suportem os trabalhadores que foram atirados para o desemprego. Hoje chamam solidariedade à abjecta distribuição das sobras dos ricos. 
Hoje, os governos demitem-se das suas obrigações para com o povo, e roubam-no, em benefício da usura. 
Hoje, as conquistas de Abril foram substituídas pela caridade fascista. 
Hoje, o tempo volta para traz.

4 comentários:

Anónimo disse...

Viva O Salazar... não havia subsidios... mas tbm não os tiravam...

Anónimo disse...

Se gostas tanto do salazar dá um tiro nos cornos e vai ter com ele!

Anónimo disse...

Cornos?? deves tar a fazer confusão com a tua pessoa...

Anónimo disse...

Vai para o caralho ó salazarista de merda, deves votar no PS em Castelo de Vide.
Repito o que escrevi anteriormente:"Se gostas tanto do salazar dá um tiro nos cornos e vai ter com ele!"