terça-feira, 25 de janeiro de 2011

OS CHUCHALISTAS SÃO MUITO AMIGOS DO PATRONATO?

Os patrões queriam despedimentos baratos, indemnizações de 21 ou 15 dias por cada ano de trabalho em vez dos 30 actuais e, mesmo assim, com um limite de 12 anos, isto é, 12 salários.
Por outras palavras: o patronato foi aos saldos do Estado Social abertos em Portugal desde 2005 a ver se comprava dois despedimentos pelo preço de um.
Coube a uma ministra ex-sindicalista de um governo socialista a duvidosa honra de entregar numa bandeja o direito ao trabalho dos portugueses à voracidade patronal com o generoso pretexto de, assim, aliviar os encargos das empresas com os trabalhadores despedidos (passando esses encargos para os contribuintes através do subsídio de desemprego, quem é amigo?).
O patronato queria 21 dias de indemnização por cada ano de trabalho em vez de 30? O Governo deu-lhe 20. Queria um limite máximo de 12 salários, que lhe permitisse despedir os trabalhadores mais antigos e substitui-los por precários (se não despedi-los e contratá-los depois a recibo verde de modo a livrar-se dos descontos para a Segurança Social)? O Governo deu-lhe os 12 salários.
Explicou a ministra que em Espanha também é assim. 
Com admirável honestidade intelectual, esqueceu-se de dizer qual é o salário mínimo em Espanha e que, em Espanha, os 12 salários de indemnização são brutos, isto é, com todos os suplementos e em Portugal incluem só o salário-base. 
Mas não podia lembrar-se de tudo, não é?

M.A.P.

domingo, 23 de janeiro de 2011

CAVACO SILVA GANHA CASTELO DE VIDE

Cavaco Silva = 49,25 %

Manuel Alegre = 26,53 %

Fernando Nobre = 12,04 %

Francisco Lopes = 6,87 %

José Manuel Coelho = 3,88 %

Defensor de Moura =  1,43%

Brancos = 3,56 %

Nulos = 1,42 %

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

SÉRIO?

Há quem se interrogue sobre o impacto, ou mesmo sobre a legitimidade, da utilização de acontecimentos do passado dos candidatos em tempo de campanhas eleitorais.

Antes de mais, o facto de a respectiva divulgação ser feita preferencialmente nestes períodos deriva de um interesse especial da comunicação social por razões de puro marketing e é uma constante no mundo e no sistema político em que vivemos – para o bem e para o mal. O que talvez seja de lamentar é que não se trate de uma prática regular, ao longo da vida democrática das sociedades.

Indo directamente ao assunto, é importante, sim, que os portugueses tenham conhecimento, em Fevereiro de 2011 ou em Maio de 2009 ou de 2007, das tramóias que rodearam a aquisição da casa de férias do seu presidente da República. 
A ser verdade tudo aquilo que a mais do que insuspeita revista Visão revelou, na passada 5ª feira, há muitas explicações a serem dadas e uma democracia sólida e madura não toleraria que fossem esquivadas.

Nesse sentido, e correspondendo a vários pedidos de quem não conseguiu comprar um exemplar da Visão, divulgo o respectivo dossier num pdf que uma alma caridosa me fez chegar e que pus agora online.

Dar a conhecer os bastidores do mundo em que se move o nosso PR, no mínimo financeiramente tortuoso, não é coscuvilhice ou conversa de alcova. É serviço público, nada mais.

J.L.